Bar onde estourou revolta de LGBTs contra polícia volta a ser palco de protestos

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Renan Sukevicius

Foi há 51 anos, mas parece que foi ontem. Certa noite, os marginalizados frequentadores (na maioria, homens gays) do bar Stonewall Inn, em Nova York, decidiram não mais ceder às violentas abordagens da polícia contra frequentadores do espaço. E reagiram atirando garrafas e pedras. O levante terminou com o bar em chamas.

A revolta de Stonewall é considerada como o começo da militância LGBT. Agora, mais de meio século depois, o espaço onde ficava o refúgio gay virou ponto de encontro dos históricos protestos antirracistas que varrem os Estados Unidos de costa a costa há 8 dias.

Nesta terça, um dos atos partiu da rua onde ficava o estabelecimento em East Village.

A passeata lembrou as mortes de Nina Pop, mulher trans assassinada a facadas no estado do Missouri, e Tony McDade, homem trans morto pela polícia durante uma abordagem na Flórida. Ambos os casos aconteceram no mês passado.

As pautas das marchas americanas parecem inchar ao longo dos dias e acrescentar outras demandas, como as da comunidade LGBT.

Ao contrário dos anos 70, ser gay, lésbica, trans ou drag queen não é mais crime nos Estados Unidos, mas muitos dos direitos das pessoas não heterossexuais são negados. Assim como os direitos dos cidadãos não brancos. A revolta de Stonewall lembra que levantes acontecem. Cedo ou tarde.