ONU tenta dimensionar impacto da Covid-19 em população vulnerável ao HIV
O Unaids, programa das Nações Unidas para a Aids, lançou uma pesquisa online para entender o impacto do novo coronavírus nas populações vulneráveis ao HIV na América Latina e no Caribe. Segundo a organização, desde 2010 as infecções pelo vírus da Aids subiram 21% na região.
Fazem parte do público-alvo, por geralmente não terem acesso adequado aos serviços de saúde, homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, trabalhadores e trabalhadoras do sexo, pessoas trans, usuários de drogas, pessoas privadas de liberdade, negros e indígenas.
As informações obtidas no levantamento são confidenciais e os dados coletados serão usados para análises regionais e nacionais da população, segundo o Unaids.
O choque entre HIV e Covid-19 acendeu um alerta na ONU. Um relatório do Unaids divulgado no começo de julho apontou que as metas para combater o vírus da Aids não serão cumpridas por causa da pandemia do novo coronavírus.
Embora alguns países (principalmente do continente africano) tenham registrado progresso no acesso à terapia antirretroviral, outras nações patinaram.
No mundo todo, 690.000 pessoas morreram de doenças relacionadas à Aids em 2019. No mesmo ano, 12,6 milhões das 38 milhões de pessoas que viviam com HIV não conseguiram tratamento capaz de salvar vidas, segundo o documento.
A diretora-executiva do Unaids, Winnie Byanyima, afirmou que serão necessárias ações decisivas “todos os dias desta próxima década” para que a epidemia de Aids termine até 2030.