Kamala e um mundo novo

Em vez de dizer que não tem nada contra negros, mulheres, imigrantes mas que tem até amigos que são negros, mulheres e imigantes, Joe Biden, eleito presidente dos Estados Unidos, decidiu agir. 

Se uniu à senadora Kamala Harris na árdua missão de reorganizar a bagunça do ainda ocupante da Casa Branca que, a essa hora, já deveria estar encaixotando sua mudança.

A chegada de Kamala ao posto de vice-presidente da democracia mais vigiada do planeta é uma legitimação importante de um mundo que mudou. Na verdade, os Estados Unidos nunca foram um país apenas branco como todos os antecessores da Kamala poderiam sugerir. Nem pouco feminino, muito menos pouco imigrante.

A novidade é que agora uma pessoa não branca consegue “chegar lá”. A consagração deste fenômeno será completa quando mais Kamalas despontarem dentro dos Estados Unidos e também em outros países.

A torcida, agora, é para que Kamala Harris possa se posicionar –e ser cobrada– sobre assuntos pertinentes às mulheres, aos negros, aos imigrantes e também todos os demais assuntos que exijam o posicionamento da pessoa que ocupa a vice-presidência americana.

Joe Biden e Kamala Harris – reprodução/Twitter