Todas as Letras https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br Diversidade afetiva, sexual e de gênero Wed, 01 Dec 2021 18:54:07 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Domingo no parque https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/2021/06/27/domingo-no-parque/ https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/2021/06/27/domingo-no-parque/#respond Sun, 27 Jun 2021 18:50:22 +0000 https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/diferente-300x215.jpg https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/?p=448 Em 2013, eu convidei uma urbanista para me dar uma entrevista no parque Augusta, no centro de São Paulo, durante o longo imbróglio sobre a construção de uma área de lazer ali. Eu estava no primeiro ano da faculdade e aquela apuração fazia parte de um exercício da disciplina de jornalismo online. 

Eu tirei um 9, mas com certeza minha nota seria menor se a professora Alexandra Gonsalez, da universidade Metodista de São Bernardo do Campo, onde estudei, soubesse dos outros assuntos muito mais relevantes que deixei de lado para fazer aquela matéria. 

Eu tinha vergonha de morar onde morava, 30 quilômetros ao sul do parque Augusta, num bairro pouco conhecido no distrito do Grajaú, em São Paulo. Por isso, diferentemente de meus colegas, que fizeram pautas tão comezinhas quanto a minha, não falei de alguma questão da minha rua ou do meu bairro. Mas de um lugar duas horas de ônibus, trem e metrô distante de mim.

Meus colegas e meus professores nunca souberam onde eu morava exatamente. Nunca fiz um trabalho em grupo em casa durante a graduação, por exemplo. Aliás, nem no ensino médio. Nem no ensino fundamental. Nunca um colega de escola esteve na minha casa.

Sentia uma grande vergonha do chão de cimento queimado (hoje é moda, mas no começo dos anos 2000 era a opção mais em conta) e das paredes inacabadas da minha casa que, certa vez, foram até o leito de morte de um rato. Depois de comer veneno, o roedor entrou por entre os blocos laranjas de tijolo baiano da sala e dormiu o sono eterno. O mau cheiro motivou uma investigação dos meus pais em busca do pequeno corpo, só mais tarde encontrado. Quebra parede. Tira o rato. Fecha parede.

Eu tinha medo, por exemplo, que, outra vez, a fossa escavada no quintal se abrisse e engolisse tudo, como aconteceu com a lavanderia da minha avó. Sorte ela não estar no tanque no dia, pois seria engolida pela mistura de lama e bosta.

Eu não concebia a ideia de levar alguém em casa e, de repente, acontecer um assassinato. Na infância e na adolescência, não foram poucas as vezes em que minha mãe e eu, na volta do culto de domingo, desviamos de ruas em que alguém havia acabado de ser executado.

Se eu contasse tudo isso à professora Alexandra, talvez ela baixasse minha nota. Por que raios fui até o parque Augusta falar de algo que toda semana falavam aqui na Folha ou no SPTV, se havia questões ao meu redor como acúmulo de lixo e entulho e a infestação de roedores, falta de esgoto encanado e a violência urbana?

Esse aprendizado, que poderia se restringir ao fazer jornalístico, mas que levo pra vida, desmoronou em minha cabeça nesta manhã de domingo (27), quase uma década depois, ao pensar sobre amanhã, o dia do orgulho LGBT. Do que eu devo me orgulhar? Por anos achei que me posicionar como alguém parte desta comunidade fosse ser meu maior desafio. Mas meu armário era muito maior, tinha muito mais coisas.

Durante toda a minha vida profissional até aqui segui negando quem eu era. No meu primeiro emprego como jornalista, mimetizei boa parte dos meus colegas, frequentei os mesmos bares, li os mesmos livros e tive as mesmas opiniões. Não que isso tenha sido errado. Mas eu absorvia tudo aquilo e não dava nada em troca, porque achava que não tinha o que oferecer. Me via como um terreno vazio, mas, mal sabia eu, já estava completamente loteado.

Levei um tempo até conhecer algumas referências culturais, políticas e estéticas de que todos falavam porque passei a infância e a adolescência na igreja, o único teatro, o único cinema e o único espaço de convivência social e política que eu podia acessar com o dinheiro que tinha e sem enfrentar longas distâncias de ônibus e trem.

Foi nesta manhã de domingo que percebi que meu orgulho de ser LGBT só pode existir se eu puder me orgulhar de todo o resto. Ter uma fé cristã-protestante e uma origem periférica são parte do que sou. E é isso o que posso oferecer.

Amanhã é o dia de LGBTs se orgulharem por quem são. E por completo. Orgulho por ser LGBT e torcedor de um time de futebol. E pai. E mãe. E candomblecista. E operador de máquinas agrícolas. E reverendo. E cientista. E médica do SUS. E evangélico. E tudo o que não tem mais espaço no armário e é motivo de orgulho.

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MinhoQueens: bloco de carnaval de drags ganha versão online https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/2021/02/13/minhoqueens-bloco-de-carnaval-de-drags-ganha-versao-online/ https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/2021/02/13/minhoqueens-bloco-de-carnaval-de-drags-ganha-versao-online/#respond Sat, 13 Feb 2021 18:37:14 +0000 https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/Mama_Darling_Fotografo_Victor_Vivacqua-300x215.jpg https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/?p=326 Em 2020, 200 mil pessoas participaram do MinhoQueens, considerado o primeiro bloco Drag Queen do país. Neste ano, o bloco se torna festival e, por causa da pandemia, online. 

As lives com debates e shows com as cantoras Pepita, Lia Clark, Kaya Conky e Danny Bondy começam neste sábado (13) e se estendem pelos dias 20 e 27 de fevereiro, às 16h e às 20h, de graça.

Silvety Montilla, Alexia Twister, Jade Odara, Mackaylla Maria e Mama Darling respondem pela apresentação do evento.

Mama Darling ou Fernando Magrin, um dos organizadores juntamente com Will Medeiros e Luis Giusti, conversou com o blog sobre o festival.

Os organizadores do bloco Will Medeiros, Mama Darling (Fernando Magrin) e Luis Giusti/Victor Vivacqua – divulgação

“A cada dia será uma ode a algo. No primeiro sábado [dia 13], será uma ode ao carnaval. O segundo dia da live será uma homenagem à Casa Florescer, centro de acolhida de trans e travestis. E, no terceiro dia, vai ser uma grande homenagem à cultura LGBT de São Paulo, aos lugares LGBTs da cidade. E faremos um debate sobre o crescimento da arte drag”, elenca Magrin.

O desejo de fortalecer o debate acerca do movimento LGBT era antigo e ganhou força com o cancelamento do carnaval de rua neste ano. “Tem inteligência no mundo drag. Não é só lipsync [combinação dos movimentos do lábio com som de uma música, semelhante à dublagem], a gente é mais do que isso”, esclarece o criador do bloco.

O festival investiu também numa face social, pela parceria com a Casa Florescer. “A gente já vem trabalhando com eles desde o primeiro ano, com arrecadação de alimentos, agasalhos e maquiagem. Já fizemos festa lá dentro, roda de debate. É um trabalho que a gente admira. E, pro festival, a gente tá contratando meninas da casa para recepcionar as pessoas, é trabalho mesmo, vamos pagar”, garante.

Durante as lives, será exibida uma chave PIX para doações para a Casa Florescer.

Confira as atrações completas:

Debates: Rita Von Hunty, Salete Campari, Tchaka e Duda Navara.

Nas performances de dança e lypsinc: com Ikaro Kadoshi, Danny Cowlt, Lysa Bombom, Thalia Bombinha, Paola Cadillac, Drag Baiana, Chloe Stardust, Carlão Sensação, Indra Haretrava, Xaniqua Laquisha, Regina Schazzitt, Mahina Starlight, Marcinha do Corintho, Ginger Moon, Pabllo Vittar Cover, Gloria Groove Cover e mulheres trans da Casa Florescer.

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A terceira via branca, rica e heterossexual https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/2020/11/09/a-terceira-via-branca-rica-e-heterossexual/ https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/2020/11/09/a-terceira-via-branca-rica-e-heterossexual/#respond Mon, 09 Nov 2020 16:13:16 +0000 https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/Design-sem-nome-300x215.jpg https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/?p=281  

A Folha mostrou no sábado que o ex-ministro Sérgio Moro e o apresentador de televisão Luciano Huck se encontraram em Curitiba para definir uma aliança “de centro” em 2022. 

As conversas são iniciais, mas já dignas de divulgação por parte da imprensa. E, nessa fase inicial, mais importante do que o conteúdo é a forma. E, bem, na forma tudo parece igual.

A terceira via política já nasceu velha, com a mesma cara da dominação branca e europeia de 500 anos atrás, igualzinha à Faria Lima, com os mesmos trejeitos de Alto de Pinheiros, o Leblon cuspido e escarrado, praticamente o Batel.

E os nomes que já orbitam o pretenso caminho do meio da polarização são o do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o governador de São Paulo, João Doria, e o do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Nada de novo no horizonte.

Nos Estados Unidos, Joe Biden –também pouquíssimo novo– entendeu o recado dos novos tempos e se elegeu com Kamala Harris como vice. Uma mulher negra e descendente de asiáticos. Em seu primeiro discurso como presidente, Biden fez acenos a latinos, negros e LGBTs. Acertou na forma. A ver o conteúdo.

Joe Biden e Kamala Harris – reprodução/Twitter

Se quiserem fazer frente ao bolsonarismo e ao lulismo, Moro, Huck e companhia vão precisar de mais do que só a promessas de uma agenda econômica liberal e de luta contra a corrupção. Precisarão se cercar de LGBTs, entender os gargalos do combate à violência de gênero, valorizar a ciência e sacar os porquês de a fome, a peste e a morte estarem sempre à espreita dos pretos e pobres do país.

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A TV sem cores https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/2020/05/22/a-tv-sem-cores/ https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/2020/05/22/a-tv-sem-cores/#respond Fri, 22 May 2020 13:20:10 +0000 https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/queereye_menor.jpg https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/?p=104 A série Queer Eye volta ao catálogo da Netflix no dia 5 de junho. No programa, cinco apresentadores reformam casas, transformam visuais e levantam a auto estima de quem se inscreve.

Te pareceu familiar? Pois é, nada de muito diferente do que Luciano Huck e Rodrigo Faro fazem atualmente e do que Netinho de Paula e Gugu Liberato já fizeram na tv aberta dos anos 90 e 2000.

Tenho passado tempo demais em frente à tv nestes quase três meses de home office e me peguei pensando na pouca diversidade que nossa tv aberta tem.

Nas telenovelas, os beijos entre personagens do mesmo sexo ainda são alvo de debate, ainda que haja outras tentativas exitosas de debater diversidade, como na novela Bom Sucesso, finalizada, que abriu espaço para a atriz trans Gabrielle Joie.

Nos programa esportivos, zero espaço para LGBTs desde a saída de Fernanda Gentil do departamento de esporte da TV Globo. Nos programas de humor, há ainda uma enxurrada de personagens LGBTs totalmente estigmatizados.

No jornalismo, foi outro dia que o primeiro jornalista assumidamente gay apresentou o Jornal Nacional. Foi numa edição comemorativa pelos 50 anos do mais tradicional telejornal do país. Levou meio século.

No streaming, Queer Eye mostra às emissoras de TV brasileiras que não é preciso inventar a roda pra se ter um pouco de diversidade.

Se tivéssemos figuras como Karamo Brown ou Jonathan Van Ness na tv aberta entregando casas reformadas ou dando tapas no visual alheio saberíamos que essas não são iniciativas tomadas apenas por homens heterossexuais catapultados à popularidade.

Aliás, Luciano Huck, justamente por sua imersão por comunidades e rincões do Brasil em pautas de seu Caldeirão, despertou politicamente. Este despertar é motivo de especulações sobre uma possível candidatura a uma eleição presidencial do comunicador.

Netinho de Paula, conhecido pelo quadro Dia de Princesa nos anos 2000, figurou por quase uma década como político.

A TV é a fábrica de sonhos, não? Enquanto só o binarismo brilhar nas telinhas, a diversidade vai viver sempre tendo pesadelos. Ou vai sonhar no streaming.

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Dois Brasis: o que mata pessoas trans e o que paga para transar com pessoas trans https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/2020/01/29/dois-brasis-o-que-mata-pessoas-trans-e-o-que-paga-para-transar-com-pessoas-trans/ https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/2020/01/29/dois-brasis-o-que-mata-pessoas-trans-e-o-que-paga-para-transar-com-pessoas-trans/#respond Wed, 29 Jan 2020 10:00:00 +0000 https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/ALVOS-300x215.jpg https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/?p=21 O Brasil continua na primeira posição na lista dos países que mais matam travestis e transexuais no mundo. Os números estão no levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), divulgados nesta quarta-feira (29), e usam informações da ONG alemã Transgender Europe (TGEU) para fazer a comparação com outros países.

No ano de 2019, a associação brasileira confirmou 124 assassinatos de pessoas trans, sendo 121 travestis e mulheres transexuais e 3 homens trans. O número é menor em relação ao ano anterior, quando 163 pessoas trans foram assassinadas no país. O pico histórico da medição (feita desde 2008) é 2017, quando 179 pessoas foram mortas.

A metodologia do levantamento lança mão de pesquisa de casos relatados em reportagens jornalísticas. Há, ainda, registros baseados em depoimentos de testemunhas e instituições LGBTI. A associação reconhece a fragilidade dos dados, e critica o governo pela não existência de dados oficiais sobre os assassinatos de pessoas trans no Brasil. Outra queixa aponta para uma suposta subnotificação dos crimes.

29 de janeiro é, desde 2004, reconhecido como Dia da Visibilidade de Tansexuais e Travestis. À época, 27 pessoas trans estiveram no Congresso Nacional, em Brasília, em uma ação que pedia “mais respeito”.

O respeito, mostram os números apresentados acima, ainda não veio.

Mais intrigante que isso, só os dados que mostram uma outra face (igualmente violenta) do estigma que os representantes da letra T da sigla LGBTQIA+ sofrem: a fetichização.

O Google Trends, ferramenta do Google que analisa tendências de busca, mostra que, em um ano, a busca pela palavra travesti , por exemplo, se manteve estável.

O valor 100 na linha vertical representa o pico de popularidade de um termo no serviço de busca. A palavra travesti, de janeiro de 2019 a janeiro de 2020, oscilou entre 75 e 100, se mantendo próxima do pico.

As cinco principais consultas relacionadas à palavra travesti são: travesti com travesti; travesti pornô; sexo travesti; travesti comendo travesti; travesti comendo. Todos os outros 20 termos buscados mostram a palavra travesti relacionada com prostituição ou conteúdo pornográfico.

Os números sugerem que há um Brasil que espanca e mata pessoas trans e um Brasil que se masturba e paga para transar com pessoas trans. Ou talvez seja o mesmo país.

Para quem está em São Paulo

A Prefeitura e o governo de São Paulo vão oferecer serviços às pessoas trans nesta quarta-feira (29).

Serviços de emissão de RG e certidão de nascimento com nome social e pré-seleção para vagas de emprego em empresas que têm setores voltados à diversidade estão entre as atividades.

A programação do Dia da Visibilidade Trans inclui ainda palestras sobre mercado de trabalho, terapia hormonal e performances artísticas. Os serviços vão ocorrer no Largo do Arouche, na República, entre 9h e 16h.

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No meu tempo não tinha isso https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/2020/01/27/no-meu-tempo-nao-tinha-isso/ https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/2020/01/27/no-meu-tempo-nao-tinha-isso/#respond Mon, 27 Jan 2020 08:00:00 +0000 https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/diferente-300x215.jpg https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/?p=12 “No meu tempo não tinha isso de gay, não”. A frase não foi dita por uma pessoa específica, mas, creio eu, há grandes chances de você já ter ouvido ou até mesmo dito isso no seu círculo social ou, melhor, sua “bolha”.

Até a massificação da internet e a convivência virtual em sites de relacionamento, parecia que nossa família, igreja, escola ou vizinhança era uma amostra do mundo todo. E, adivinhe? Não era.

Essa bolha estoura vez ou outra quando um comentário gordofóbico, homofóbico ou racista, não incomum nos churrascos de domingo de muitas famílias brasileiras, é postado numa rede social qualquer e movimenta uma turba de críticas.

O mundo, ainda que se conteste, é redondo e cheio de gente. Em algum tempo talvez não existisse “isso de ter um monte de gay” porque gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transgêneros eram ignorados. E, quando alguém é ignorado, deixa de existir. Pensa bem, será mesmo que não tinha um LGBT “no seu tempo”?

Matemático e cientista da computação, o britânico Alan Turing era um nome importante na primeira metade do século 20. E gay. Na mesma época, a americana Audre Lorde, ativista pelos direitos civis, era, adivinhe só, lésbica. Até bem pouco tempo, brilhava nos palcos e na TV Astolfo Barroso Pinto, ou Rogéria, a “travesti da família brasileira”. E pra deixar claro que ser LGBT não faz de ninguém um semideus, havia um notável nazista que era gay. Ernest Röhm, chefe da tropa paramilitar do nazismo.

No século 21, em 2020, 50 anos depois da batalha de Stonewall, em um ocidente majoritariamente democrático não cabe mais ignorar alguém. Há LGBTs na literatura, no cinema, no teatro, no jornalismo, na política, dentro de casa, na igreja, na rua, nas chefias, nos presídios, no chão de fábrica, nos estádios, nos vestiários, na pelada do fim de semana, nas redes sociais, lendo a este post. O mundo mudou.

Com a ideia de falar de todas as letras da sigla LGBTQIA+, a Folha lançou em 2019 o podcast Todas as Letras. A primeira temporada está disponível em aplicativos que tocam podcast. Uma segunda temporada deve ser lançada neste ano.

Os textos publicados aqui vão beber dos temas levantados em episódios do podcast e outros assuntos que às vezes não cabem em áudio, mas dão um bom texto.

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