Todas as Letras https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br Diversidade afetiva, sexual e de gênero Wed, 01 Dec 2021 18:54:07 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 O amor de avós e neto LGBTs que derreteu a internet https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/2020/08/10/o-amor-de-avos-e-neto-lgbts-que-derreteu-a-internet/ https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/2020/08/10/o-amor-de-avos-e-neto-lgbts-que-derreteu-a-internet/#respond Mon, 10 Aug 2020 03:28:10 +0000 https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/avos-300x215.jpg https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/?p=205 O que era pra ser só um embalo de sábado à noite acabou se tornando uma meta de relacionamento para muita gente. O vídeo de duas mulheres dançando agarradinhas ao som de “La Danza de los Mirlos”, música do grupo de cumbia peruana Los Mirlos, viralizou no Twitter no fim de semana.

Elas são Iani Costa, 68, e Margareth Medeiros, 59, e vivem na região metropolitana do Recife. As imagens são de Dante Olivier, 24, neto de Iani, e foram feitas no sábado (8). Até a publicação deste post, as imagens de apenas 10 segundos de duração já haviam sido curtidas por 100 mil usuários e vistas mais de 1 milhão de vezes.

O neto subiu o vídeo na internet sem que a avó soubesse. Ainda assim, a reação dela foi positiva. “Tá sendo revigorante, deu uma acordada, uma sensação gostosa. Tá bombando, tô viva”, reage a artesã.

Além das cenas explícitas de afeto, o vídeo surpreende por mostrar alguns segundos da intimidade de duas mulheres mais velhas, uma delas classificada pela sociedade como idosa, e que se amam. O relacionamento dura 11 anos.

Dante, Margareth e Iani

“Foi acontecendo. Eu não tava focada nisso, era uma colega de trabalho. Fomos pra frente”, relembra Iani. “Aí, comecei a conviver com a minha gatinha”.

Antes deste relacionamento, Iani foi casada por 26 anos, teve dois filhos e três netos. “Na minha época de casada, os conceitos eram outros. Meu pai era  aqueles ‘saiu da minha batuta, vai pra batuta do marido’ e eu casei com um marido assim, ditador. Eu nao era eu. Hoje eu sou eu. Talvez por isso eu seja mais feliz”, diz Iani.

“Hoje eu vivo o domingo da vida. Para mim, todo dia é domingo”, comemora.

Mas a “bomba LGBT na família” é Dante, não Iani. Ele é um homem trans. Aos 15 anos, ainda se apresentando como uma mulher cisgênero, ele foi descoberto namorando uma garota. “Foi muito difícil pra todo mundo, mas me sinto muito privilegiado de viver na família que eu tô. Aos poucos, esses assuntos foram sendo mais abordados e compreendidos”, diz o neto.

“A minha filha, mãe do Dante, nunca puxou assunto sobre sexualidade. Mas sempre foi uma coisa muito visível, porque o amor está nos olhos”, filosofa Iani. Já o outro filho, tio de Dante, participa um pouco mais da rotina da mãe. “Ele chama a Margareth de Madrecita”, comemora.

Confidentes, avó e neto LGBTs celebram juntos os afetos. “O amor é lindo. Independentemente da forma, o importante é amar. Quanto mais a gente ama, mais a gente é saudável, alegre. A gente é mais”, complementa Iani.

Dante e a avó Iani

“Eu to acostumado a entrar nas redes sociais pra ver vídeos que melhoram meu dia e pra mim foi gostoso ter postado um vídeo que melhorou a vida das pessoas”, diz Dante.

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Perfil no Twitter acompanha tramitação de projetos de lei importantes a LGBTs https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/2020/06/02/perfil-no-twitter-acompanha-tramitacao-de-projetos-de-lei-importantes-a-lgbts/ https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/2020/06/02/perfil-no-twitter-acompanha-tramitacao-de-projetos-de-lei-importantes-a-lgbts/#respond Tue, 02 Jun 2020 14:04:47 +0000 https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/files/2020/06/mona-bot-foto.jpg https://todasasletras.blogfolha.uol.com.br/?p=127 A toque de caixa e com ajustes a serem feitos, foi colocado no ar no Twitter, no primeiro dia de junho, um robô que acompanha discussões de projetos de lei que dizem respeito ou resvalam sobre a comunidade LGBT brasileira.

O M0na Bot faz referência à gíria mona, comumente usada entre gays, mulheres trans e travestis para se referir a uma mulher heterossexual ou a um homem gay. Já bot é o diminutivo da palavra inglesa robot (robô).

Inspirado em iniciativas semelhantes, como o Bot Sentinel, o M0na foi desenvolvido em três semanas, a tempo de pegar o gancho do mês da diversidade. “Vimos que tinha carência desse tipo de serviço e corremos pra executar a proposta”, conta Caio Budel, jornalista, assessor de comunicação da deputada estadual paranaense Cristina Silvestri (Cidadania) e um dos criadores da ferramenta.

A parlamentar, embora apoiadora da causa, não tem ligação com o projeto, segundo Budel. O jornalista diz tocar a ideia com o namorado, o publicitário Pierre Míchel, e o amigo Sandro Motyl, programador. “Quisemos criar um facilitador pra que a comunidade [LGBT] se engaje nesse meio, conhecendo os projetos que estão tramitando e que atendem os nossos direitos”, argumenta.

O robô fará diariamente um pesquisa nos 27 portais dos 26 legislativos estaduais e da Câmara Distrital do DF pescando projetos pertinentes a LGBTs. Depois de uma análise feita por um ser humano a informação é postada.

No primeiro dia de funcionamento, os posts direcionavam o usuário para discussões em tramitação em estados como Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Por enquanto, Câmara Federal e Senado não farão parte da inspeção, por um atraso na finalização do mecanismo que faz a procura. Já as câmaras municipais ficaram de fora do projeto. “Mesmo sendo possível fazer essa programação, a taxa de transparência dos municípios ainda é muito baixa”, justifica Caio.

Sem a pretensão de gerar lucro, apenas como um trabalho voluntário de prestação de serviço, a iniciativa movimentou em sua divulgação perfis do Twitter com milhões de seguidores para a divulgação do robô, como o influenciador Luscas, com 6,6 milhões, e a cantora Vaslesca Popuzada, seguida por 1,1 milhões de pessoas. Até a noite desta segunda-feira, o perfil contava com pouco mais de mil seguidores.

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